TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. É um transtorno caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietude motora e impulsividade. Este transtorno geralmente ocorre numa mesma família, sugerindo que exista uma participação genética, entretanto pode ser influenciado por fatores ambientais como nascimento prematuro, consumo de cigarro e bebida alcoólica durante a gestação. 

Aparece na infância, contudo, muitas vezes somente na vida adulta o indivíduo consegue diagnosticar os sintomas que teve por toda vida, por isso é necessário  realizar uma intervenção precoce.

O indivíduo com TDAH apresenta sintomas em dois ou mais ambientes, como por exemplo, em casa e na escola ou em casa e no trabalho. A capacidade intelectual pode ser normal ou até mesmo elevada, porém esses sintomas afetam negativamente o desempenho social e ocupacional.

O TDAH pode ser classificado em leve, moderado e grave, conforme o grau de comprometimento que os sintomas causam na vida do individuo. Pode se apresentar com predomínio de desatenção, com predomínio de hiperatividade-impulsividade e apresentação combinada.

O tratamento adequado para TDAH é integrado a uma equipe multidisciplinar com profissionais da área de neurologia, psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia. A combinação do tratamento com práticas esportivas ou atividades que exijam do físico, tem mostrado avanços positivos. 

A família pode auxiliar na evolução do tratamento, o ideal é que atuem na mesma sintonia da equipe multidisciplinar e dos professores, com isso, a criança atinge melhores resultados no processo de aprendizagem. 

Vejamos alguns critérios que auxiliam neste processo:  Atentar-se ao espaço de estudo em casa, que deve ser arejado e bem iluminado, sem muitos estímulos no ambiente, como brinquedos, pôster etc; subdividir as tarefas em menores porções, a fim de que possam realizá-las mais facilmente e em menor tempo; Reavaliar os métodos utilizados até chegar ao modelo que mais favoreça o desempenho; Estimular o uso de uma agenda que pode ser eletrônica, e mural para lembretes, listas de tarefas e calendários de provas (é importante que sejam consultados diariamente); Interagir com brincadeiras lúdicas e jogos como: quebra-cabeça, jogo da memória, caça-palavras, encontre o erro, entre outros. Isso ajuda a desenvolver atenção e concentração, permitindo também que a criança se organize por meio de regras e limites, além de estimular a vencer suas dificuldades e a buscar estratégias de superação. 

Ressaltando que cada caso é um caso e deve ser avaliado de acordo com cada necessidade e demanda. 

Núbia Ramalho
Psicóloga na Clínica Elgra

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